Mais do que nunca a família está em crise. Há muitos princípios em nossa sociedade em derrocada que conspiram contra a existência e sobrevivência da família. Para que haja lares bem firmados é preciso que os mesmos sejam edificados segundo a Palavra de Deus.
Infidelidade.
Assunto tão sério, tão delicado, que em Mt. 5.32 o Senhor Jesus abre uma exceção para o divórcio, declarando que o adultério é motivo suficiente para acabar com um casamento. A menos que a parte ofendida seja capaz de oferecer perdão, e a parte infiel se arrependa de verdade, aquilo que Deus abomina, que é a separação, torna-se a solução legal para pôr fim a algo ainda mais abominável a seus olhos, que é o adultério, a infidelidade. A infidelidade é detestável em ambos os sexos. O problema é que a sociedade tende a ser extremamente machista:
Assunto tão sério, tão delicado, que em Mt. 5.32 o Senhor Jesus abre uma exceção para o divórcio, declarando que o adultério é motivo suficiente para acabar com um casamento. A menos que a parte ofendida seja capaz de oferecer perdão, e a parte infiel se arrependa de verdade, aquilo que Deus abomina, que é a separação, torna-se a solução legal para pôr fim a algo ainda mais abominável a seus olhos, que é o adultério, a infidelidade. A infidelidade é detestável em ambos os sexos. O problema é que a sociedade tende a ser extremamente machista:
- Um homem adultera e as pessoas dizem: ‘Coitado, deixou-se levar pela tentação, caiu numa fraqueza;
- O homem adultera e espera-se que a mulher seja indulgente, misericordiosa, compreensiva;
- Uma mulher adultera e o comentário é diferente: ‘É uma vagabunda, uma sem vergonha, uma prostituta;
- A mulher adultera e o conselho que se dá ao marido é que a expulse de casa, porque ela não presta, não merece seu perdão;
- O estigma do adultério sobre a figura da mulher numa sociedade facciosa, apaixonada, parcialista, é terrível;
“Do ponto de vista de Deus, a infidelidade é abominável tanto para ele como para com ela.”
Mentiras
Mesmo aquelas que começam pequenas: ‘Ah, é uma mentirinha a toa, só para não ficar aborrecido... Cuidado com as mentiras. Elas sempre vêm do diabo, tenham o tamanho que tiverem. A mentira, além disso, desemboca fatalmente na desconfiança, e o cônjuge que descobre que a outra parte mente torna-se um eterno desconfiado.
Ciúmes
Este sentimento, quando exacerbado, levado ao exagero, mina qualquer relacionamento, destrói o amor. Que não se confunda ciúme com zelo. O zelo comedido, espontâneo, aquele cuidado protetor para com a pessoa amada, é natural e necessário. Contudo, entre essa preocupação necessária e justificável e um temor irracional – o ciúme caudaloso, doentio – há uma distância enorme. O ciúme representa falta de confiança profunda, não apenas no outro, mas acima de tudo, em si próprio. Se me sinto digno do carinho, do amor de alguém, porque viver sempre temeroso, sempre duvidando, apreensivo, inquieto?
Amarguras
São aquelas mágoas guardadas, aquelas queixas sem fim, aquelas reclamações que não acabam nunca. Provérbios têm muito a dizer sobre isso: Pv 21.19 É melhor numa terra seca e deserta do que numa boa casa com uma mulher briguenta e implicante. Pv 27.15-16 Aquele pinga-pinga constante que acontece quando chove e a mulher briguenta e implicante são muito parecidos. Pv 25.24 É melhor morar sozinho num quarto de pensão, do que numa bela casa com uma mulher briguenta e implicante. Pv 19.13 Um filho rebelde e tolo é a maior tristeza de um pai para um marido, a esposa que vive discutindo. Isso incomoda como uma torneira pingando o dia inteiro. Parece que Salomão teve experiência suficiente nessa área. Precisamos tomar cuidado com esse pinga-pinga, esse gotejar contínuo, com os amargos murmurinhos que destroem o relacionamento conjugal.
Falta de tempo
Refiro-me àquele tempo fundamental, imprescindível que os cônjuges devem dedicar um ao outro. O comum tem sido o seguinte: Maridos ativistas, consumistas e mulheres super ocupadas.
Os recém-casados trabalhando o dia inteiro ou estudando a noite, encontrando-se às tantas para um boa-noite rápido antes de dormir, um bom dia na hora de acordar, com mil coisas atrasadas para fazer no fim de semana.
Cuidado! Casais que não gastam tempo juntos são casais que vão se superficializando, se esfriando, se afastando.
Perda do Romantismo
Ilustração: Naqueles tempos de namoro, naquela noite de luar, a moça comentava: ‘Como a noite está linda, a lua brilhante! Olhe meu bem, ela se escondeu atrás daquela nuvem...’ E o namorado diz: ‘Minha querida, mais que a lua, brilham os teus olhos, as tuas faces... Tu a encantas, tu a encandeces! Vê como ela foge diante de tua beleza...’
Aí se casaram. Depois de alguns anos, andando pela rua ela pensa: ‘Faz um ano que ele não me diz nada’. Lua cheia, e ela arrisca: ‘Querido, olhe como a lua está linda!’ E ele reponde: ‘É mesmo’. E ela: ‘Querido, ela se escondeu atrás daquela nuvem... porque será?’ E ele, insensível e duro responde: ‘Sua burra, não está vendo que vai chover?’.
- É lamentável que o espírito romântico dos primeiros tempos tenha que ceder lugar à frieza, à indiferença, à falta de sensibilidade e de imaginação;
- Zelem por esse espírito. Cuidado para não perderem o espírito romântico com o cônjuge;
Independência de mais ou de menos
Um espírito autônomo, independente pode ser muito benéfico na vida do casal e da família. O que não pode haver é exagero. Há pessoas superindependentes, que vão derrubando tudo que encontram pelo caminho, desinteressadas dos outros, envolvidas apenas em alcançar suas metas e objetivos. Os outros que se virem. Numa família isso é inadmissível. Sem diálogos, troca de idéias, discussões, é impossível a convivência. Por outro lado, cair no excesso de dependência é um erro terrível.
- O melhor é ter independência com equilíbrio, pois vai chegar a hora de viver sem o outro. Vai chegar a hora de carregar seu próprio fardo. Vai chegar a hora de decidir sobre seu destino e inclinações. Ninguém é eterno.
- Entre marido e mulher o ideal é a medida certa de autonomia e dependência. Somente pelo conhecimento mútuo, respeito e amor é que a medida justa desse equilíbrio será alcançada.
Hábito de discutir
É terrível quando o casal adquire o hábito da discussão. Discutir, queixar-se, reclamar, é como gripe, tem que ser tratada. É como praga, como um vício. Como um vício que vai dominando sorrateiramente. No começo as pessoas envolvidas estranham, tentam reagir, se incomodam. Daí a pouco estão respondendo irritadamente, revidando, mando de volta a ofensa.
· Diz-se que ‘quando um não quer, dois não brigam’. Isso tem muito de verdade. É importante saber evitar confrontos desnecessários. É necessário fugir se, e quando necessário. Nem sempre escapar sorrateiramente significa acovardar-se; muitas vezes é sintoma de tato, prudência, sabedoria.
Falta de perdão
É sugestivo que no capítulo Mateus 18.15-20, o Senhor Jesus trate do assunto do perdão, e logo a seguir venha o ensino sobre o divórcio. Na verdade, Mateus pode até não ter percebido da estratégica arrumação que faz dos temas: perdão e divórcio, mas o Espírito Santo sabiamente o conduziu. Mas de fato, é isso mesmo que acontece: quem não aprende cedo a lição sobre perdão vai acabar tendo que enfrentar a questão do divórcio no casamento. Sem perdão relação nenhuma sobrevive.
- Jesus fala sobre casamento – Mt 19.1-12;
- O perdão cura e liberta – Mt 6.14-15;
- Um casamento firmado no amor é semelhante a uma casa edificada sobre a rocha – Mt 7.24-27
Esses são alguns inimigos do casamento. De todo e qualquer casamento. Não respeitá-los é tornar-se vulnerável. Que o Senhor nos ajude a observá-los e combatê-los para a preservação da durabilidade e da qualidade de nossos relacionamentos.
* Todos os comentários deste tópico (7) são do site: www.minhafamilia.org.br/127.pdf e integram apostila Família Cristã - Centro de Treinamento Palavra da Verdade
Pr. Josean Dantas
CTPV