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05 dezembro 2013

Precisamos de atos proféticos na NOVA ALIANÇA?



Recentemente um jovem da nossa Igreja local perguntou: pastor precisamos de atos proféticos na Nova Aliança? De imediato disse que não. Na Graça, andamos e descansamos na fé, mediante Aquele que por nós conquistou todas as coisas! Porque a primeira, última e insubstituível ação profética (cumprimento da profecia) foi realizada na cruz por Cristo. Mas, prometi ao jovem que traria mais luz ao assunto. Pesquisando sobre o tema perguntado me deparei com este texto esclarecedor do pesquisador Marcelo Lemos, numa abordagem simples e direta.
 
Anatomia dos atos proféticos
Boa parte da Igreja Evangélica de nossos dias foi invadida por práticas pagãs, as quais se enraizaram tão fortemente na mente e no coração das pessoas, que estou convencido de que frequentar uma Igreja Romana seria, anos luz, mais saudável. Claro, refiro-me, somente, as Igrejas Evangélicas que seguem tais práticas. Infelizmente, são muitas; talvez, a maioria delas.

Em ditas “igrejas”, o pastor virou xamã, revestindo-se
da mesma mística, e dos mesmos poderes, que antes eram propriedade dos feiticeiros das casas de macumba. Os crentes, assim como os que buscam os terreiros, transformaram-se numa multidão de adoradores mercenários, a procura de um “cristo talismã”, que lhes desamarre os caminhos.

Mas, ainda precisamos relacionar os “atos proféticos” com os trabalhos de macumbaria. Coisa fácil de se fazer. Basta compararmos as duas anatomias. Um trabalho de macumba nada mais é que o homem valendo-se de ritos, e de objetos, a fim de manipular a ação da Divindade (ou das divindades, dependendo do caso).

Jostein Gaarder, na obra “O Livro das Religiões” (Cia. Das Letras), nos fornece uma descrição muito valiosa sobre o que seria a “magia”:
“... o ser humano que se vale de ritos mágicos, ele está tentando coagir as forças e potencias a obedecer à sua ordem – que com frequência consiste em atingir finalidades concretas. Desde que os rituais mágicos sejam realizados corretamente, o mago acredita que os resultados desejados decerto ocorrerão, por uma questão de lógica”.

Se você trocar “mago” por “pastor”, “apóstolo”, ou mesmo “levita”, obterá um retrato fiel da espiritualidade 'evangélica' alimentada por muitas pessoas. Atos proféticos, e pontos de contato (como sabonetes, chaves, e rosas ungidas), possuem a mesma utilidade dos ritos e objetos utilizados em rituais de magia.

Mas, o que é um ato profético?  Pode ser que alguém nos imagine exagerando, então, vamos pedir a opinião do 'Paipóstolo' Rene Terra Nova, entusiasta e incentivador de “atos proféticos”: É uma expressão, uma atitude visível da Igreja que tem uma referência e um respaldo no mundo espiritual. Digo que o ato profético é uma mensagem enviada ao reino do espírito que ratifica a ação da fé e da Palavra” (Atos proféticos, comando de Deus ou invenção humana?, MIR).

Mensagens enviada ao “mundo do espírito”, a fim de que o “pastor” e o “crente” consigam conquistar alguma coisa desejada no “mundo físico”. Ato profético, portanto, é um meio do homem manipular o mundo espiritual, inclusive a ação dos demônios:
“Se conhecermos a potencialidade da cobertura espiritual, impediremos que o diabo entre em nossas fronteiras, migre pelas bre­chas ou assalte pelas arestas. Os atos proféticos são uma ferramenta de Deus para impedir que sejamos apanhados de surpresa. Na verdade, é uma chamada de Deus para não permitirmos que o diabo adentre no nosso arraial... A realização desses atos emite mensagem no mundo espiritual, imobilizando a atuação do diabo e desatando a ação da igreja.” (Idem). 

"Em relação aos pastores e líderes eclesiásticos, não estamos debaixo de cobertura espiritual de homens. A cobertura espiritual da Igreja é o sangue de Cristo que nos purifica de todo o pecado. I Jo 2 - Estamos em submissão espiritual, isto, se for voluntária e realizada com sinceridade" Rm 13. Destaque do Blog (Pr. Josean Dantas)

Em outras palavras, o pastor assumiu o lugar do feiticeiro, especializando-se em manipular as forças espirituais a seu favor. Seu suposto poder é tão grande, que inventou também a Cobertura Espiritual, com o que ameça os rebeldes os que lhes questiona de serem amaldiçoados por Deus. Os macumbeiros mais poderosos hoje estão em cargos de liderança nas ditas “Igrejas Evangélicas.”

E os atos proféticos bíblicos?
Não há atos proféticos na Bíblia, nem mesmo no Velho Testamento. Vamos recordar a definição do xamã gospel Rene Terranova: “Digo que o ato profético é uma mensagem enviada ao reino do espírito que ratifica a ação da fé e da Palavra!”. Em que lugar das Escrituras lemos sobre patricarcas, profétas ou apóstolos realizando atos que eram “mensagens enviadas ao reino do espírito”? Em lugar algum!

O que esses falsários, sábios analfabetos em exegese, fazem, é sequestrar profecias bíblicas, deturpá-las de seu sentido natural e Evangélico, a fim encaixá-las em seus manuais de feitiçaria. Terranova apresenta sua primeira “prova” de que atos proféticos são bíblicos, valendo-se de Genesis 3.15:
“Você sabia que em Gênesis 3, quando Adão e Eva se esconderam atrás das folhas de figueira, Deus estava apontando para a cruz?” (Idem).

Todo cristão que já foi a Escola Dominical sabe que Genesis 3.15 aponta para a Cruz de Cristo; Terranova não fala qualquer novidade aqui. Mas, que Genesis 3 tem de ato profético? Se um ato profético é uma “mensagem enviada ao mundo do espírito”, onde encontramos tal coisa no texto de Genesis 3, ou em qualquer outro texto inspirado pelo Espírito Santo?

O que encontramos em Genesis 3 não é um ato profético, não é um ritual de manipulação do mundo espiritual, mas uma tipologia; ou seja, um evento histórico que simbolizava a Obra de Cristo. Seu objetivo não era manipular o mundo espiritual, como ocorre nos atos proféticos, mas sim ensinar o povo de Israel sobre a realidade que estava por vir: Cristo!

Por esse motivo o Novo Testamento chama o Velho de “sombra”, pois é composto de eventos históricos, e da ritualística da Lei, que simbolizavam a realidade futura, feita presente no tempo na pessoa do Cristo: “Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados, que são sombra das coisas futuras, mas o corpo é de Cristo” (Colossenses 2.16,17).
De modo que, os símbolos do Antigo Testamento não eram atos proféticos que enviavam mensagens ao “mundo do espírito”, mas sim, símbolos que transmitiam mensagens aos homens, visando ensiná-los na Verdade.

Ainda mais ridícula é a tentativa de identificar atos proféticos no Novo Testamento. Sobre isso Terranova ensina: “A pregação do Evangelho, o batismo nas águas, a ceia do Senhor, a unção com óleo, o dízimo e a oferta são atos proféticos que serão realizados pela igreja, até que o Messias volte”.
Ora, desde quando enviamos mensagens ao mundo do espírito quando comemos do Corpo e do Sangue de Cristo? Desde quando enviamos mensagens ao mundo do espírito quanto somos conduzidos as águas do Batismo? Qual lugar da Escritura ensina tal insanidade? O ensino bíblico sobre a Ceia, por exemplo, é que a mesma consiste em um serviço de adoção a Deus (Liturgia), e uma proclamação publica (feita aos homens!) da mensagem do Evangelho: “Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice, anunciais a morte do Senhor, até que venha!” (I Cor. 11.26).

Ainda que os seres celestes, de fato, nos assistam na trajetória cristã, inclusive em nossos serviços litúrgicos (I Cor. 4.9; 11.10); o Culto Público é prestado a Deus, e somente a Ele; transformar o Culto em uma mensagem enviada ao “mundo do espírito”, a fim de manipular forças espirituais, é paganizar a fé cristã! A simbologia litúrgica do cristianismo, em boa parte perdida no pós-puritanismo, não nos coloca em contato com o mundo dos espíritos, mas nos ensina sobre a realidade escatológica por vir:

“O culto, portanto, é uma assembleia de antecipação escatológica. Vejam que Cristo lhe dá esta dimensão quando diz, na instituição da Santa Ceia, substituta da Páscoa judaica: "Pois vos digo que nunca mais a comerei, até que ela (a Páscoa) se cumpra no reino de Deus" (Lc 22.16). Toda vez, pois, que se celebra a Santa Ceia o quadro simbólico do culto sacrificial se repete e uma antevisão escatológica se realiza” (Rev. Onézio Figueiredo, citado em Conta-gotas de sabedoria)

O que a simbologia bíblica reflete é uma pedagogia divina, e não um ritual de magia; porém, os xamãs evangélicos querem deturpar até a pedagogia de Cristo. Como todo leitor das Escrituras há de saber, Jesus sempre fez uso de parábolas e ilustrações para transmitir seus ensinamentos; para os feiticeiros evangélicos, o que Jesus fazia era “atos proféticos”. Com a palavra, Rene Terranova:

“Jesus utilizou-se de muitas figuras do reino físico para ilustrar mensagens alusivas ao reino do espírito. Quando disse: destruirei esse templo e em três dias o reconstruirei, Ele falava numa linguagem profética (Jo. 2:19). As pessoas ao ouvirem-no olhavam para um templo físico, enquanto o Mestre aludia-se ao espiritual. Eles diziam: como o Senhor fará tal feito em três dias se nossos pais levaram 40 anos constru­indo esse templo?”.

Observem, apesar de sua fixação pelo tal “reino do espírito”, Terranova não é completo ignorante em exegese. De fato, Jesus se valia de elementos do mundo físico para ilustrar verdades espirituais. Até aqui nada a acrescentar. O que destoa o discurso mágico dos neopentecostais, é alegar (ou mesmo insinuar) que as parábolas utilizadas por Jesus eram “atos proféticos”, os quais são “mensagens enviadas ao mundo do espírito”. Uma parábola é o que uma parábola sempre foi: um método didático, que, obviamente, objetiva ensinar aos homens!

Quando Jesus quis enviar “mensagem” ao “reino do espírito”, Ele não fez uso de parábolas, nem de quaisquer outra classe de figuras, simplesmente ordenou Sua vontade:
“E andava pastando diante deles uma manada de porcos. E os demônios rogaram-lhe, dizendo: Se nos expulsas, permite-nos que entremos naquela manada de porcos; e Ele lhes disse: Ide!” (Mateus 8.30-32).

Se Jesus seguisse o manual neopentecostal dos gedozistas, teria feito um ato profético! Talvez, imagino, tivesse ordenado aos discípulos criar um boneco de porco, a fim de arrebentá-lo a pauladas, com muita autoridade, enviando assim, uma mensagem ao “mundo do espírito”, 'liberando' o caminho de sua pregação. Ou, se o tempo fosse curto, ordenaria que todos levantassem a barra das saias, e saíssem urinando nas cercas do nefasto chiqueiro, demarcando território; coisa bem apropriada para Aquele que é o Leão...

Todavia, o alvo das parábolas, apesar de didático, não era facilitar o entendimento das pessoas, mas sim, forçá-las a meditar mais seriamente nas realidades espirituais nelas inseridas (João 16.29,30). Um outro objetivo das parábolas de Jesus, normalmente negligenciado por pregadores populares, era impedir que os reprobados compreendessem a Mensagem do Evangelho:

“Ele, respondendo, disse-lhes: Porque a vós é dado conhecer os mistérios do reino dos céus, mas a eles não lhes é dado... Por isso lhes falo por parábolas; porque eles, vendo, não veem; e, ouvindo, não ouvem nem compreendem. E neles se cumpre a profecia de Isaías, que diz: Ouvindo, ouvireis, mas não compreendereis, e vendo, vereis, mas não o percebereis!” (Mateus 13.11, 13-14). Atos proféticos? Não, método didático, assim como as figuras e os rituais do Antigo Testamento.

Que são os atos proféticos feitos em muitas igrejas? São trabalhos de feitiçaria, com roupagem cristã e judaizante, cujo objetivo é manipular o reino dos espíritos, enviando-lhes comandos e ordens. Qual a relação com os atos proféticos bíblicos? Não há relação, pois a Bíblia não ensina nada sobre tal prática. Apesar da Bíblia estar repleta de simbologias, o alvo das mesmas, como vimos, é servir ao ensino dos crentes, e não manipular o mundo espiritual.

Que o Senhor nos ensine a caminhar na simplicidade do Evangelho.


Marcelo Lemos

15 novembro 2013

Comendo MANÁ estragado?



A expansão da música cristã apelidada de “gospel” ladeada pelo crescimento demográfico do segmento evangélico nesses últimos 30 anos, segundo a nossa ótica, trouxe mais dano ao povo de Deus do que benefícios. O aumento da comunidade evangélica e o significante número de “crentes”, cerca de 40 milhões alcançados de alguma forma pela Palavra da Verdade, apesar de extraordinário, evidenciou também muitas falhas das igrejas no processo de ensino e discipulado dessas vidas sobre o Evangelho das Boas Novas.

A euforia do crescimento produziu um novo e poderoso mercado de consumo, e isto acabou gerando interesses distantes do verdadeiro cristianismo e colocou todos os cristãos no mesmo “saco” sócio espiritual. E a música cristã evangélica que atende pela alcunha de gospel é a vertente mais usada para criar ídolos e nessa esteira multiplicam-se os fãs.

Aliás, há 30 anos fã era uma expressão impossível de ser aceita pela Igreja como definação daqueles que admiravam determinados cantores por causa do seu talento e vocação. Hoje, os fã clubes se espalharam em nosso meio e suas criações são motivadas pelos próprios cantores e bandas gospel. E a pergunta que incomoda é esta; quem deve ser adorado?

Sem controle e sem uma linha definida de ensino da palavra, exceto pela incontestável certeza de que é Jesus Cristo o caminho que conduz o homem a Deus, a igreja evangélica, vai se movendo “camaleônicamente”, se moldando a pressão do mundo exterior com suas nuances, mas, principalmente pelo apelo financeiro de transformar o inviolável e insubstituível culto a Deus em mais uma ferramenta para multiplicação dos bens ativos (capital).

Não seria de se admirar que haja em nosso meio tanta gente desconfiada, incrédula, magoada, triste, revoltada... Pois, o que fato deveria ser luz se transformou em glamour o que deveria ser sal se transformou em adereço do alimento...
                                           
E para piorar existem dezenas de ministros, cantores e bandas gospel que estão falsificando a unção, através de “performances espirituais” que se aproximam mais da dúvida do que do êxtase da glória de Deus! Pois, é impossível que com suas vidas dúbias e recheadas de conduta pecaminosa voluntária e cotidiana, possam produzir algo verdadeiro... Mas, como julgar se algo vem ou não de Deus? Pelo fruto, pois, através dele se conhece a árvore.

Infelizmente os que mais sofrem são os que tem menos conhecimento da verdade e conseguem enxergar pureza, naqueles que estão vivendo na prática do pecado, mas, disfarçam tão bem que parecem lâmpadas fluorescentes...Porém, não se enganem o Espírito Santo não se deixa escarnecer, e estes terão suas obras expostas por causa da verdadeira luz.

Que a Igreja de Cristo continue crescendo! É impossível parar esta marcha! Todavia, se os filhos de Deus abandonarem a meditação pela leitura da palavra, acompanhada da oração, ofuscados pelos brilhos dos holofotes do mercado gospel, teremos uma Igreja cada vez mais intoxicada e na UTI da incredulidade, pelo hábito contínuo de comer maná estragado.


Mas todas estas coisas se manifestam, sendo condenadas, pela luz, porque a luz tudo manifesta. Pelo que diz: Desperta tu que dormes, e levanta-te de entre os mortos, e Cristo te esclarecerá. Portanto, vede, prudentemente, como andais, não como néscios, mas como sábios, remindo o tempo, porquanto os dias são maus. Pelo que, não sejais insensatos, mas entendei qual seja a vontade do Senhor.”Efésios 5.13-17


Pr. Josean Dantas
Comunidade PV

07 novembro 2013

HOMENAGEM: Ap. BUD WRIGHT, O Missionário da Fé!





















            Harold Leroy Wright, o nosso querido pastor Bud, nasceu em 07 de março de 1945 em Cullman, Alabama. Era caminhoneiro, já rompia fronteiras e levava cargas de pessoas. Mas, foi em 9 de Outubro de 1972, quando confessou Jesus como o seu Senhor e salvador, que o vazio no seu coração foi preenchido. Tal decisão mudou o rumo da sua vida.

Após ter passado por um momento conturbado com as dificuldades e conflitos vividos com a sua primeira esposa, a qual lhe pediu o divórcio, o pastor Bud permaneceu firme no Evangelho e depois de algum tempo se tornou pastor de uma igreja perto da sua casa. Deus começara a prepará-lo para continuar a romper fronteiras, mas agora com uma carga muito melhor: a Palavra e a unção.


Ainda no Alabama, conheceu Janace Sue Hawkins, conhecida como Jan, durante um estudo bíblico. Com ela, começou um lindo relacionamento. Ela era bancária, mas aceitou largar tudo para seguir junto com ele o chamado de Deus para a sua vida. Eles se casaram em 6 de novembro de 1980.


Ao ter a oportunidade de ouvir algumas fitas k-7 com mensagens do Rev. Kenneth E. Hagin, o pastor Bud conheceu mais da Palavra de Deus. O seu chamado ficou mais forte e claro em seu coração. O Espírito Santo o separava para uma grande obra: “Estude no Rhema por dois anos e depois vá para o Brasil e leve a minha Palavra para libertar o meu povo”.

Ele se matriculou no RBTC – “Rhema Bible Training Center” – fundado pelo irmão Hagin, em Broken Arrow, Oklahoma. Dois anos depois, em 22 de agosto de 1983 eles chegaram ao Brasil, onde serviram por sete meses no ministério de socorros em uma obra missionária denominada “Missão Ágape”, situada em Campo Mourão–PR.


Depois, mais uma vez seguindo a direção do Espírito de Deus, Bud e Jan Wright se mudaram para Guarulhos–SP. Mesmo chegando com poucas malas e sem grandes recursos financeiros, o pastor Bud encontrou favor diante de Deus, porque estava cooperando com Ele e O obedecendo pela fé na Palavra, e também achou graça diante de algumas pessoas, como a irmã “Regina Olberg”, único contato e intérprete dele, que cedeu sua casa para reuniões nas quais ele ministrava a Palavra de Deus.

Doze pessoas vieram para a primeira reunião. Cumprindo o “Ide”, O pastor Bud também provava dos sinais acompanhando as suas pregações. Sendo convidado para pregar em várias igrejas e eventos da capital paulista, ele viu o Senhor operar muitos milagres através da sua vida. Muitos foram salvos, avivados, curados sobrenaturalmente e batizados no Espírito Santo.


Aquele número de doze pessoas logo se multiplicou para mais de cem e continuou a crescer rapidamente. Ele conseguiu junto com os irmãos alugar um galpão, no qual daria para comportar todos os participantes e possíveis visitantes.

Em 15 de Setembro de 1985 nasceu a primeira igreja nomeada de Verbo da Vida, lá mesmo em Guarulhos–SP. No ano seguinte, iniciou uma escola bíblica durante a semana, naquele mesmo estabelecimento. Outras obras foram abertas no Estado de São Paulo e centenas de pessoas estavam sendo livres pelo conhecimento da Palavra da fé.


Em 1987, ele ouviu a palavra “Nordeste” em seu coração. Logo procurou saber do que se tratava e decidiu viajar para conhecer esta região do país. Praticamente no final desta viagem na qual atravessaram e conheceram quase todos os estados nordestinos, o Ap. Bud e Jan chegaram a Campina Grande–PB. No hotel onde esteve hospedado, situado na área central da cidade, Deus confirmou no seu interior que a próxima obra deveria ser ali e ao mesmo tempo falou o mesmo para a sua esposa.


Ele passou apenas dois dias, ministrou em uma grande igreja Presbiteriana da cidade e voltou alegre para São Paulo, a fim de se preparar mais e esperar o tempo certo que Deus o guiaria a se mudar para o nordeste brasileiro. Embora muitos achassem essa mudança uma grande loucura por saírem de um grande centro para uma cidade no interior da Paraíba, ele tinha plena paz e alegria de que este era o centro da vontade de Deus para o seu ministério no Brasil.


No primeiro dia de Outubro de 1990, Bud viajou em uma Kombi juntamente com Jan, de São Paulo para a cidade de Campina Grande. Foi uma viagem cansativa, mas a graça do Senhor os assistia. Ao chegar, estabeleceram residência e começaram a manter contatos. Com pouco tempo, o pastor Bud já estava regularmente ministrando a Palavra em cultos realizados na casa de um bem-sucedido homem de negócios, o qual havia se convertido há pouco tempo.

Situada na área central nordestina, Campina Grande, era na vista de fé do casal como um eixo no centro de uma roda ligada por raios que saem por todas as direções. Neste tempo, eles entenderam que a cidade seria a base para alcançarem, com a palavra de Deus, todas as capitais do Nordeste.


Afinal, o objetivo de Deus em trazê-lo ao Brasil era para que através dele o conhecimento bíblico revelado chegasse aos brasileiros e os treinasse espiritualmente para que os mesmos pudessem continuar a mesma missão por todo o país e até em outras nações.

Começaram reuniões de estudo bíblico em sua casa com outro grupo de doze pessoas que em três meses chegou até 75 pessoas no fim do ano.  Foi através destas reuniões e outros estudos bíblicos no pátio de uma escola privada que o pastor Bud conheceu homens e mulheres que foram os seus escudeiros por todo este tempo. Dentre eles, Guto e Suellen Emery, com quem desenvolveram um relacionamento de pais e filhos e foram os seus braços direito por mais de vinte anos.


Em 17 de Janeiro de 1992, iniciaram a Igreja Evangélica Verbo da Vida em Campina Grande, com cerca de trinta e cinco membros. Alguns dias depois nasceu o Centro de Treinamento Bíblico Verbo da Vida, no mesmo prédio, que era um galpão alugado no centro da cidade. A ajuda e companhia de outros missionários norte-americanos também foi essencial para o início do trabalho. Ele fez muitos discípulos para o Senhor e sinais continuaram a operar sobre a pregação e o ensino da Palavra de Deus.


Provisão chegava cada vez mais e o pastor Bud prosperava em todas as áreas. O seu amor pelo povo brasileiro só aumentava, e isto era recíproco. Apesar de alguns dos irmãos que foram discipulados por eles em São Paulo terem abandonado a visão e das inúmeras perseguições que sofreu de outros pastores em Campina Grande-PB, milagres ocorreram, promessas se cumpriram e presentes inesperados chegaram como resultado da vida de fé que ele apresentou até o seu último dia nesta terra.


Em 1994, ele abriu a segunda igreja no Nordeste, e em 1998 fundou o Ministério Verbo da Vida, com sede em Campina Grande-PB. Em 2000, a filiação com o Kenneth Hagin Ministries foi oficializada e os Centro de Treinamento Bíblico Verbo da Vida passaram a ser denominados de Rhema Brasil.

A partir daí a obra cresceu muito mais. É visível na própria vida econômica e social da cidade os efeitos benéficos que a Palavra de Deus tem gerado. Os brasileiros que os conheceram amavam o pastor Bud e eram gratos por ele ter semeado a própria vida em obediência ao Senhor pela fé. O Deus que dá semente ao que semeia, tem sido fiel em todo tempo e mostrou através deste homem quanto vale cada renúncia e ações de ousadia para obedecê-Lo.


Atualmente, existem no Brasil centenas de igrejas Verbo da Vida e mais de 50 unidades do Rhema espalhadas por vários estados da nação. Muitos missionários discipulados por ele servem ao Senhor em outras nações. Em 2009, o Senhor tinha expandido a sua área de atuação, falando-lhe: “O Verbo da Vida vai para todo o mundo”. E o pastor Bud também estava indo. Angola, Portugal, Inglaterra e muitas outras nações também tiveram a honra de receber as suas pisadas e desfrutar da unção que estava sobre a sua vida.

Há algum tempo, vinha sofrendo com algumas doenças em seu corpo. Como ele mesmo dizia, elas foram resultantes de alguns desequilíbrios com a alimentação. Contudo, o lindo e cativante sorriso não saía do seu rosto, a Palavra da fé estava na sua boca e em seu coração, as verdades da redenção eram confessadas dia após dia e ele continuava a cumprir o seu ministério, inclusive ensinando sobre cura divina e impondo as mãos sobre muitos enfermos na que, segundo ele, era a última fase do seu ministério com a fundação do Centro de Cura Rhema Brasil. Perseverança, sabedoria e força foram sempre a sua marca!


Ele combateu o bom combate, completou a carreira e guardou a fé. Na manhã desta quinta-feira, 7 de Novembro de 2013, ele partiu para o Senhor. Após sentir-se mal no início da manhã, foi ao hospital e, enquanto estava lendo o livro “Escrituras que Curam”, ainda brincou com alguns funcionários como sempre fazia, mas depois de um tempo voltou a sentir dores e foi socorrido para a UTI. Lá, o seu corpo não resistiu. No dia anterior, completara 33 anos de casado com Jan Wright e havia ensinado sobre fé no Centro de Cura Rhema Brasil em Campina Grande-PB. Fez o que mais gostava até o seu último dia de vida nesta terra: Pregar o Evangelho.


Sempre firme na visão e na sã doutrina, ele não abria mão das verdades da Palavra de Deus e as vivia e apregoava com muita intensidade. Como um pai exortava aos seus filhos, fitando-os com tanto amor nos seus olhos azuis, sempre lhes perguntava no final das mensagens com muita graça e carinho: “Vocês ainda me amam?”… Sim, pastor Bud, nós sempre lhe amaremos e continuaremos a obra que você começou!




Fonte: http://verbodavida.org.br/budwright/legado/