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25 fevereiro 2014

Melhor é o bom CARÁTER do que ter a UNÇÃO!...


Você é um Ministro? Então você precisa saber o que é Importante!
Estamos vivendo dias em que existe uma busca desenfreada por: ministério, ministrar, chamada, púlpito, ser professor, pastor, missionário, enfim… Não estou dizendo que essas coisas não são boas porque o próprio Paulo afirma que quem aspira ao episcopado excelente obra almeja (I Timóteo 3.1).
 
Mas, já que estamos falando sobre Paulo, o grande apóstolo e o responsável pela revelação da maior parte do novo testamento, podemos confiar que Deus usou ele para nos dizer, não é verdade?
Muitas pessoas que são chamadas por Deus caem em um terrível equívoco quando acham que a coisa que Deus mais está requerendo deles é uma grande unção e poder! Só que isso não é uma verdade na sua totalidade.

No livro de Eclesiastes 7.1 está escrito: “Melhor é a boa fama (bom caráter, bom nome, boa reputação, bom procedimento) do que o unguento (unção) precioso”. Agora, veja só, quem está dizendo que é melhor o caráter do que a unção não sou eu, e sim o próprio DEUS!
Estamos tão atraídos e embevecidos pela maneira que algumas pessoas fluem e quanta revelação elas têm, que estamos promovendo pessoas assim, baseando-nos naquilo que Deus diz que não é o critério principal, deixando de lado pontos preciosos que realmente precisam ser considerados.

Agora, eu falei que Paulo também menciona algumas coisas sobre isso, e uma dessas referências é exatamente I Timóteo 3.1-14, quando ele dirige uma palavra de instrução para Timóteo de quais TINHAM QUE SER OS CRITÉRIOS para se escolher alguém para serviço! E de todas as coisas que ele listou, apenas uma fala sobre ser apto para ensinar, todas as outras fala sobre critérios de comportamento e de caráter que tinham que ser observados antes de se estabelecer alguém em uma função ministerial! O próprio Paulo nesse mesmo texto diz que a maneira como nós conduzimos a nossa casa e a criação dos nossos filhos estará sendo refletida na maneira como conduzimos as coisas de Deus (igreja)!
Paulo também fala aconselhando o seu “filho” Timóteo a se tornar um exemplo para os fiéis, em que? Na unção? Na habilidade de ministrar? Na habilidade que ele tinha de influenciar pessoas com os seus argumentos, eloquência e por aí vai? NÃOOOOO!! Definitivamente NÃO!

Ele disse que Timóteo desenvolvesse nele mesmo, em meio a tudo aquilo que ele estava vivendo e presenciando naqueles dias, para que ele mesmo não entrasse no que todos eles estavam entrando mas que se tornasse um exemplo de fé, pureza, procedimento, amor, estabelecendo as verdades das escrituras na sua própria vida (I Timóteo 4.12).

Paulo não estava querendo que Timóteo fizesse isso para que ele fosse diferente dos outros apenas, mas também, para que ele construísse uma estrutura dentro dele quando pressões ou tentações de ser e fazer o que as pessoas estavam estabelecendo como procedimento e ações que desvirtuavam daquilo que Deus o havia chamado não prevalecesse dentro do seu coração!
Agora eu pergunto: Será que estamos vivendo essa realidade hoje em dia? Ou será que toda a nossa vida “ministerial” se resume ao tempo que estamos passando em cima de um púlpito ao invés de entendermos que além de ficarmos estudando para pregar, devemos estudar para viver?

Um púlpito não é um lugar onde pessoas sobem para falar o que elas querem, mas sim, FALAR O QUE DEUS QUER, e para que você fale o que Deus quer, é necessário que você tenha caráter, porque nem sempre vai ser o que as pessoas querem ouvir ou aquilo que é agradável de ser dito! Paulo alertando Timóteo sobre isso diz que MUITOS se cercariam de mestres para fazer coceiras nos seus próprios ouvidos, ou seja, falar apenas o que eles queriam ouvir (II Timóteo 4.3).

Agora me responda: de quem você acha que Deus vai cobrar mais nesse caso? Dos ouvintes ou dos mestres?
É claro que vai ser dos mestres. Tiago 3.1 diz que eles vão receber maior juízo! Isso mostra mais uma vez que ministros não são chamados para falar qualquer coisa, de qualquer maneira, mas sim, falar o que Deus quer que eles falem, da maneira que Ele quer que eles falem!

Paulo também falando para Timóteo, o alerta sobre o dever de manejar bem a palavra (II Timóteo 2.15), e geralmente quando lemos essa passagem pensamos apenas em como abrir a bíblia e dizer o que está escrito! Mas, manejar bem a palavra é também você saber administrar as coisas com sabedoria, entendimento, sabendo como aplicá-la e estabelecê-la nas mais diferentes situações!
 
Púlpito não é palco onde você desempenha um papel; ele é uma plataforma onde através daquilo que você é e foi chamado para fazer, alavanca vidas, lançando, semeando palavras que construirão a realidade do propósito de Deus na vida das pessoas!
Púlpito também não é lugar para curar complexo de inferioridade! Se tudo o que você tem é um título que você se apega a ele como se ele fizesse de você alguém, você mesmo não entendeu que o que faz de você alguém não é o desempenho, mas sim, a essência!
Não pense que ser ministro é apenas pegar em um microfone atrás de um púlpito e fazer uma boa pregação ou ter uma Igreja grande! Não!! Mil vezes não! Se isso fosse marca de aprovação, não veríamos pessoas seguindo ministros que pregam heresias e igrejas enormes cheias de engano e pecado!

Devemos parar de nos mover por essas coisas e aprendermos a avaliar as coisas pela maneira como Deus faz, e acima de tudo, devemos amar a verdade e ter um comprometimento de um relacionamento pessoal com o Senhor onde conseguimos perceber o seu coração e não ser apenas um propagador de palavras!
Existe um preço e um aperfeiçoamento que temos que impor sobre nós todos os dias para que além das pessoas apenas ouvirem uma boa ministração saindo dos nossos lábios, elas possam também VER uma boa ministração saindo das nossas vidas!


Profa. Sâmia Rocha 
Rhema Brasil
Fonte: http://verbodavida.org.br/blogs-gerais/samia-rocha/ministerio-pratico