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28 abril 2012

CONSAGRAÇÕES MINISTERIAIS, SEM BASE BÍBLICA: É POSSÍVEL?


      Como as escrituras tratam o exercício do chamado ministerial para aqueles(as) reconhecidamente vocacionados?
            Não há interesse nenhum aqui em propor uma espécie de “batalha teológica” para sustentar esse ou aquele padrão de interpretação em favor de uma tese vocacional, mas, analisar princípios fundamentais para promover equilíbrio no “levantar” de homens ou mulheres ao sagrado ministério. Antes que se tirem conclusões apressadas, deixamos claro que não somos contra a consagração pastoral ou ministerial (outras vocações) de mulheres. Mas somos biblicamente contra, quando estas consagrações não estão em linha com a palavra de Deus, e é sobre este tema que vamos tratar nessa reflexão. Um dos versículos, mas usados para a defesa daqueles que desejam o episcopado, está na carta escrita a Timóteo pelo Apóstolo Paulo:

            “Esta afirmação é digna de confiança: se alguém deseja ser bispo, deseja uma nobre função. É necessário, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma só mulher, sóbrio, prudente, respeitável, hospitaleiro e apto para ensinar; não deve ser apegado ao vinho, nem violento, mas sim amável pacífico e não apegado ao dinheiro. Ele deve governar bem sua própria família, tendo os filhos sujeitos a ele, com toda a dignidade. Pois, se alguém não sabe governar sua própria família, como poderá cuidar da igreja de Deus? Não pode ser recém-convertido, para que não se ensoberbeça e caia na mesma condenação em que caiu o diabo.” I TIMÓTEO 3.1-6 NVI

            É bom compreender que na bíblia, bispo, pastor, presbítero, ancião ou líder local tem as mesmas características ministeriais: são apascentadores do rebanho. Apesar de equivocadamente algumas correntes cristãs defenderem a hierarquização desses encargos. Neste versículo, Paulo discorre sobre as qualidades que um vocacionado deve ter para exercer os seu chamado. Sabendo que todas essas premissas são importantes vamos nos deter apenas em quatro delas:

QUE SEJA CASADO OU CASADA.
           A bíblia é enfática em afirmar que o vocacionado(a) deve ter uma vida matrimonial, deve entender do amparo aos filhos. Quem deseja ou vai ser consagrado ao chamado pastoral lhe é exigido segundo a palavra que este ou esta seja casado(a). Pois como terá capacidade de defender a família e as coisas que envolvem a vida matrimonial se não tem experiência vivencial nessa área? Como cuidará de forma satisfatória de filhos espirituais se não sabe cuidar pelo menos de filhos carnais? Como aconselhará outros casais no que tange a vida sexual e relacional se não tem vivência em si mesmo?
           
QUE SEJA APTO PARA ENSINAR
            O vocacionado(a) deve manejar bem a palavra da verdade. II Tm 2.15 – Ter experiência para repassar conhecimento bíblico de forma que o ensinado compreenda a exposição da palavra de Deus (didaké). Deve estar pronto para tirar dúvidas e produzir luz no entendimento das pessoas com base nos textos bíblicos.

QUE SEJA AMÁVEL
             Deve tratar bem não somente os de fora, mas, os dá própria família, sabedor de que se isto não acontecer ele(a) está agindo pior que um incrédulo. I Tm 5.8 – O tratamento pacífico a todos deve ser uma questão de honra para aqueles que desejam ou foram consagrados(as).

QUE NÃO SEJA NOVO CONVERTIDO
        Porque certamente não está maduro o suficiente. E tem pouquíssima maturidade espiritual e eclesiástica. Obviamente o novo converso carece de ensinamento, aconselhamento e acompanhamento através do discipulado. “Promover” um novo convertido há uma vocação episcopal é provocar um “suicido” no próprio ministério.
      Todavia, porque tantas pessoas com pouquíssimo tempo de preparo ou que não preenchem os requisitos mínimos são levantadas para exercer funções ministeriais na igreja? Muitas são as variáveis para responder tão comprometedora pergunta, porém, vamos nos deter em algumas delas:

  • A força do dízimo: determinada pessoa é de fundamental importância financeira para a Igreja... E para “segurá-la” no “evangelho” (igreja) é necessário agraciá-la ou bajulativamente elevá-la acima dos outros com um cargo... Mesmo que não tenha vocação.

  • Conveniência ministerial: determinada pessoa é extremamente dinâmica, cheia de dons e talentos, logo, faz-se necessário conduzi-la em destaque, pois, este ou esta é formadora de opinião, e não se pode tê-la como uma “vendedora de idéias contrárias ao ministério.”

  • Ligação familiar: determinada pessoa é um expoente familiar, deve-se favores a ele, logo é evidente que este deva ocupar lugar de destaque mesmo que não tenha vocação.

            Como falamos são muitas as variáveis. Geralmente existem muitos interesses por trás de algumas consagrações... E se porventura alguém que foi, é, ou será consagrado, não preencher no mínimo uma das quatros qualificações destacadas: esta consagração foi totalmente humana, desprovida da unção do Espírito e em desacordo com a palavra de Deus. Nossa oração é para que a imposição de mãos seja feita com responsabilidade e não motivada por interesses escusos que ferem a sã doutrina e colocam dúvida sobre o chamado de alguns. Todavia, cremos firmemente que Deus concede dons aos homens e os capacita para a plena edificação do corpo de Cristo. Ef 4.11-12 


Pr. Josean Dantas
Comunidade Vida

06 abril 2012

Sem tempo para barganhas...


        "Observando os últimos acontecimentos noticiados pelas diversas formas de mídia, decidi manifestar minha opinião de acordo com o que a minha consciência me afirma, sem desprezar a consciência do fraco, mas advertindo e ensinado a todos os homens."
           Tenho percebido muitos ministros de variadas denominações que estão escandalizando a mensagem do evangelho, pregando um imenso desequilíbrio, seja na área de cura, seja na troca sutil da mensagem simples de Jesus por palestras de autoajuda, seja na troca da unção genuína pela falsificação dos chavões sensacionalistas, gritos de extremismo e forcação de barra com o intuito de chamar a atenção não pra Jesus, mas para si mesmo, desejando se auto-afirmar, não pela vida vivida em consciência pura e simples somente para Deus, livre da opinião dos homens, mas ao contrario, buscando uma afirmação pela resposta do povo, cercando-os com uma mensagem adulterada, divorciada da verdade, alimentando-os com as iguarias de todos os todos os tipos, gostos e sabores segundo a concupiscência da massa, como que coçando seus ouvidos.
             Agora vamos para os "Ais":
Ai daquele que quer agradar a massa desagradando a Deus. Aí daquele que quer ser politicamente correto (hipócrita) e despreza a verdade. Ai daquele que confunde a igreja do Senhor Jesus com um agrupamento de assaltados. Ai daquele que vive um cassino mental achando que a fé é uma aposta mágica. Ai daquele que confia no povo e não confia em Deus. Ai daquele que usa de sua força política para emudecer a verdade. Ai daquele que supostamente promove outros contanto que fique bem abaixo e inferior a ele. Ai daquele que esmaga a cana quebrada e apaga o pavil que fumega. Aí daquele que supõe que a piedade é fonte de lucro. Aí daquele que deseja o ministério não para enriquecer a outros, mas para enriquecer seu bolso. Ai daquele que começou no espírito e está se aperfeiçoando na carne. Aí daquele que abandona o caminho da oração e da palavra e envereda pelo caminho do marketing. Aí daquele que não cava seu próprio poço, mas vive pegando carona na unção de outros, pois "Quem é que nos faz sobressair? É Paulo, Apolo ou Cefas? Quem são eles? Servos! Aí daqueles que vê no ministério, acima de tudo uma carreira profissional e empresarial, e não um trabalho espiritual, que é realizado com a habilidade e graça divina operando eficazmente naquele que recebeu essa incumbência maravilhosa de servir a outros. Ai daquele que entende que igreja prospera é aquela que tem um estereotipo de multinacional cujo pastor é um mega empresário. Ai daqueles que querem agir em nome de Jesus, achando que o nome de Jesus é magia, como se o nome de Jesus simplesmente com um conjunto de letras tivesse algum poder. Aí daqueles tem suas consciências desvinculadas dos valores cristãos de santidade, justiça, amor, misericórdia, compaixão, unidade, harmonia, fraternidade, perdão, sinceridade, verdade e pureza, valores estes que estão atrelados ao Senhor Jesus, e consequentemente ao seu nome. Aí daquele que não tem coragem de falar a verdade com medo de perder o membro mais rico da igreja. Aí daquele que dá título ministerial não porque o candidato tem um chamado de Deus, mas porque ele é influente na sociedade, seja financeiramente, seja politicamente, seja intelectualmente. Aí daquele que faz acepção de pessoas. São tantos "Ais" que eu poderia ficar o dia todo escrevendo. Pelo amor de Deus, vamos ler a Bíblia, os evangelhos, as cartas!
             Eu estou cansado de ligar a Tv, e assistir programas em nome de Deus, com a mesma ladainha de autoajuda ou de apelo desesperado e extorsionário por dinheiro. Eu acredito sim na mensagem da fé, da salvação, da cura, libertação da provisão financeira. Creio no evangelho pleno de Jesus, e não em parte dele. Não para alimentar meus prazeres e deleites egoístas. Não posso perder o foco da vida cristã. Se alguém me acha duro demais por denunciar esse crime, então vá procurar um evangelhozinho mais light. Se alguém me acha frio demais, vá se esquentar onde quiser. Se alguém me acha simples demais, vá se complexificar nas teias do engano que desejar. Não tenho tempo para barganhas. Não tenho tempo para falar de autoajuda. “O que tenho é o evangelho simples do Senhor Jesus, sem ambiguidade, sem ambivalência, sem ficar em cima do muro”.

Simples, objetivo e direto assim!

Flávio Índio
Prof. Rhema Brasil