"Não digo isto como por
necessidade, porque já aprendi a contentar-me com o que tenho. Sei estar
abatido, e sei também ter abundância; em toda a maneira, e em todas as coisas
estou instruído, tanto a ter fartura, como a ter fome; tanto a ter abundância,
como a padecer necessidade. Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece.” Filipenses 4.11-13
Quando leio esta passagem da Bíblia,
relatada pelo Apóstolo Paulo, chego à conclusão que a cada dia que passa
ficamos mais ingratos... Queremos ter tudo no menor tempo possível. E quando
isto não acontece, abrimos nossas bocas e metralhamos tudo e todos com rajadas
de incredulidade e pessimismo. Não sei se
somos vítimas ou reféns do consumismo exacerbado que como uma tsunâme invadiu
as nossas vidas e nos tenta convencer a acreditar que ter é mais importante do
que ser. Todavia quando me deparo com a história de José, amadureço o
suficiente pra entender que as conquistas são frutos de muita fé, paciência e
uma dose de entusiasmo diária. Pra quem foi jogado numa cisterna, vendido pelos
irmãos como escravo, tornou-se servo de um egípcio, foi acusado injustamente de
estuprador pela mulher de seu senhor e durante anos esteve preso e acabou se
tornando governador do Egito, é provável que ele tenha levado em consideração a
possibilidade de enxergar nos caos uma oportunidade única de produzir frutos de
alegria e não de desespero.
Estou convencido que um dos segredos
para viver contente em qualquer situação, é não murmurar. O profeta Habacuque,
já sabia disto quando afirmou: “Porque ainda que a figueira não floresça,
nem haja fruto na vide; ainda que decepcione o produto da oliveira, e os campos
não produzam mantimento; ainda que as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e
nos currais não haja gado; Todavia eu me alegrarei no SENHOR; exultarei no Deus
da minha salvação.” Habacuque
3.17,18
Esta
declaração arrebatadora de fé, paciência e perseverança, é uma demonstração
nítida de um homem que como qualquer um poderia ficar triste, mais nunca
permaneceria num estado de incredulidade e abandono, como se Deus, dele tivesse
esquecido. O que vemos é uma exclamação de alegria que ecoa até hoje em nosso
espírito.
Uma
das recomendações do Apóstolo Paulo aos Filipenses no capítulo 2.14 - é que
tudo seja feito sem murmuração... Numa evidência de que atitudes contrárias a
esta recomendação, produziriam toda variedade de discórdias que poderiam até
corromper o testemunho da Igreja. Totalmente ciente do papel da Igreja que Ele
deixaria após seu retorno ao Pai, Jesus, preparava o coração dos discípulos,
afirmando que o mundo não era um parque de diversão e sim uma correnteza que
deveria ser atravessada com bom ânimo (disposição, alegria), nos garantindo a
certeza que Ele venceu, logo nós vencemos com Ele. É possível viver contente em
qualquer situação? Sim. Tendo a consciência de quem somos em Cristo e a
convicção de que a alegria do Espírito não depende de fatores externos, mas,
reside na oportunidade de transformar tribulações em ambientes favoráveis para
crescer, amadurecer e se conformar a imagem de Cristo. João 16.33
Pr.
Josean Dantas
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