English French German Spain Italian Dutch Russian Portuguese Japanese Korean Arabic Chinese Simplified

16 junho 2014

Seja CRITERIOSO com aquilo que você está COMENDO com os OUVIDOS!


Escolher músicas para cantar na adoração pública é um negócio complicado. Todos na igreja parecem ter uma opinião. Então como um pastor ou uma equipe de presbíteros devem selecionar músicas que glorifiquem a Deus e sirvam ao corpo?
O estilo e a qualidade da música são importantes, é claro. Ainda assim, eu sugeriria que a letra é uma preocupação primária — então aqui estão dez perguntas para fazer sobre a letra de qualquer canção que você esteja considerando incluir na adoração pública.

1. A letra é verdadeira?
Cada canção é como um sermão. Um pregador deve estar comprometido em falar apenas aquelas palavras que reflitam precisamente a verdade bíblica. Da mesma maneira, as letras devem ser lidas cuidadosamente antes de serem selecionadas para se ter certeza de que elas também comunicam a verdade bíblica.

2. As letras são verdadeiras, porém, enganosas?
Letras que são tecnicamente verdade, mas podem ainda assim ser enganosas. Então não é o suficiente afirmar a veracidade da letra; sua clareza também é importante. Eu creio que a música de Brian Doerksen “Vinde, Agora é a Hora de Adorar” cai nesse campo. Primeiro, dizer que agora é a hora de adorar está certo, mas ainda assim isso leva as pessoas as pensarem que elas não estão adorando enquanto estão no carro indo para a igreja? Segundo, dizer “Vinde como estás” é tecnicamente correto, mas não corre o risco de ignorar a importante verdade de que devemos nos achegar a Deus com mãos limpas e um coração puro?

3. A letra é rica?
A maioria de nossas canções não deveria ter apenas um aperitivo teológico, mas um banquete. Felizmente, há uma demanda crescente por letras ricas, o que explica o renascimento dos hinos mais antigos, algumas vezes aplicados a novos estilos e até mesmo novas letras com maior profundidade teológica.

4. A letra é teocêntrica ou antropocêntrica?
Essa é uma ideia complicada. Algumas letras antropocêntricas tendem a se concentrar em nossa resposta ao caráter ou a obra de Deus — e elas podem ser muito apropriadas. Mas uma abundância de letras antropocêntricas pode dar à congregação uma pesada dose de moralismo e até mesmo desencorajamento.
Outras letras antropocêntricas tendem a se concentrar em como estamos nos sentindo, como vamos, ou o quão alegres estamos quanto a o que Deus tem feito. Embora isso possa ser apropriado, uma abundância desse tipo de música pode levar à superficialidade (estou cantando que me sinto ótimo quando na realidade, não me sinto) ou ao orgulho (eu sou o centro). Mas se a letra se concentra em Deus e no que ele tem feito, então somos retirados do nosso moralismo e do nosso orgulho e a letra começa a pregar verdade aos nossos corações, nos levando a pensar e sentir as coisas certas.

5. A letra louva a Deus por quem Ele é, e não meramente por o que Ele tem feito?
Nós deveríamos estar contentes em cantar frequentemente sobre o caráter de Deus e não meramente sobre sua obra. Deus é honrado quando cantamos seus atributos tanto quanto sobre suas ações. Cantar apenas sobre sua obra é dar a entender, mesmo sem a intenção, que Deus é bom porque ele me salvou. E embora isso seja verdade, também é verdade que Deus é bom porque ele é bom — e devemos reconhecer tal verdade na música.

6. A letra aborda explicitamente a obra expiatória de Cristo na cruz?
Embora nem toda canção mencione a cruz, a maior parte de nosso canto deve ser centralizado na cruz uma vez que isso é o que o torna cristão. Embora seja maravilhoso cantar os salmos, e nós devemos cantá-los, devemos estar cientes de que um bom judeu pode cantá-los se nem sempre abraçar seu pleno significado. A letra de nossas canções deveriam especificamente ensinar a congregação a respeito da expiação.

7. A letra é bonita?
Algumas composições são mais bonitas que outras. O que torna uma letra mais bonita que a outra é um tópico para outro dia. Mas vários fatores devem ser considerados: 1) o uso da rima e da assonância; 2) o uso de figuras; 3) o uso de elegantes versos inflados ou linguagem floreada; e 4) o uso de repetição.

8. A letra é compreensível?
Alguns dos antigos hinos são maravilhosos para estudantes de teologia que passam horas lendo os puritanos, mas podem deixar outros coçando a cabeça pensando: “Eu sei que eu deveria gostar disso, mas eu simplesmente não sei o que significa”. É aí que um bom líder de louvor faz toda a diferença. Trechos que são difíceis de entender podem ser explicados de antemão. Ou, simples mudanças podem ser feitas no texto contanto que a integridade do hino seja preservada.

9. A letra é familiar?
Enquanto é importante apresentar novas letras, toda congregação deve ter um cânon de letras bem gastas para as quais possam retornar regularmente. Assim como boa escrita recompensa a releitura, o canto repetido de boas letras podem levar seu significado mais profundamente ao coração.

10. A letra se encaixa no tema do dia?
A maioria das letras de música são apropriadas para qualquer culto. Você consegue encontrar qualquer texto de sermão na Bíblia onde não seria apropriado cantar sobre a santidade, o amor, a misericórdia de Deus ou a esperança no céu? É claro que não!
Ainda assim, cada letra tem uma ou duas claras ênfases. E devemos escolher letras que sublinharão o significado do texto que estamos prestes a ouvir ser pregado. Isso não deve ser feito simplesmente encontrando canções com “amor” no título se o tema do dia é o amor de Deus (embora títulos possam ser uma boa maneira de começar). É melhor fazer mais perguntas. Qual aspecto do amor de Deus estamos considerando naquele dia? Seu amor como Criador? Seu amor como Redentor?


Aaron Menikoff
Original: Ten Questions to Ask of a Song’s Lyrics. Aaron Menikoff é pastor titular da Mount Vernon Baptist Church em Atlanta, Georgia. Tradução: Alan Cristie. © 2014

Nenhum comentário:

Postar um comentário