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09 agosto 2012

Predestinação da cruz e por isso destinação das pessoas!

Deus é amor, ele não se impõe, se dispõe. Infelizmente a cristandade ocidental preferiu compreender Deus a partir da onipotência, caso tivesse prestado mais atenção ao que a revelação do amor indica, com certeza haveria menos ateus no mundo.
          Se houve predestinação ou não é uma questão que não altera o fato de sermos salvos, mas sei que existem os amantes das sistematizações, para eles poderia citar um sem número de versículos que legitime ou não o tema, poderia fazer construções etimológicas, filosóficas ou históricas, e sabendo da importância deles, citaria os pais da reforma, mas não...creio e prefiro crer no Deus revelado plenamente em Cristo, o Deus das relações voluntárias, como bem observou Ricardo Gondim:

Nunca é preciso hesitar: o amor é simultaneamente frágil e avassalador. Jesus chorou sobre a impenitente Jerusalém. Lamentou a partida de um jovem rico. E contou uma parábola usando a figura de um pai abandonado pelo filho para revelar os sentimentos divinos. O amor que vulnerabiliza também salva.

       Não creio em determinismos. Creio na disponibilidade amorosa de Deus em salvar sem distinções, porque qualquer deus que tente se impor através do poder não passa de um ídolo, prefiro crê naquilo que observo em Cristo: Deus reconciliando o mundo consigo e isso eu levo as últimas consequências para afirmar que Ele não escolheu previamente em detrimento de outros (os excluídos), ele predestinou a Cruz, nela há eleição para todos e esses por sua vez tornam-se destinados ao que a própria cruz estabeleceu: a salvação inclusiva. A cruz destina pessoas à salvação porque ela foi predestinada para tal.  
        Na verdade ainda há uma característica judaica em nosso cristianismo, nos sentimos privilegiadamente eleitos e com isso, sem perceber, com ou sem intenção, desdenhamos dos humanos que preenchem a “cota infernal”. Deus salva todos que se disponibilizam para tal.   
        Fomos, somos e seremos salvos, discutir quando e como isso se dá é sexo dos anjos e por isso, ciente da discussão histórica, esse texto não oferece respostas cabais para o problema, apenas celebra essa salvação graciosa e se ela é realmente graciosa é para todos.
 
 
Paulo Sérgio
www.gracasomentegraca.blogspot.com.br