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08 março 2014

É proíbido ORAR em LÍNGUAS!?


“...Não proíbam o falar em línguas. Mas tudo deve ser feito com decência e ordem.” 1 Coríntios 14.39-40

Não encontro nas escrituras após o advento da efusão do Espírito vivido pela Igreja primitiva em Jerusalém (Atos 2) qualquer expressão que proíba o falar noutras línguas ou uma espécie de decreto, termo, o qualquer indício de que tal fenômeno (dom) foi extinto ou que não é apropriado mais para o Corpo de Cristo. Para o bem da verdade existe uma distinção entre o revestimento de poder (Atos 1), predito por Jesus e ratificado pelo testemunho do Apóstolo Tiago, ocorrido entre os irmãos naquele dias que antecediam o pentecostes e as línguas que se falaram após esse dia quando os irmãos ficavam cheios da virtude do Espírito pela imposição de mãos dos apóstolos.

a) No relato de Atos 2, comprova-se que eles falavam em línguas conhecidas não por eles, mas, por aqueles que ali visitavam Jerusalém e eram centenas de pessoas que se admiravam da forma como expressavam as grandezas do Deus Todo Poderoso. O propósito do Espírito Santo naquele dia, era causar este tipo de reação, impactar as pessoas, já que os que falavam noutras línguas cheios do Espírito Santo eram todos Judeus, e este fato causava maior admiração dos expectadores. Outro propósito do Espírito, era municiar, capacitar a Igreja, os enchendo de ousadia e fé, para anunciarem as boas novas corajosamente, como testemunhas fiéis do poder de Deus atuando neles na terra (sinais, milagres, prodígios), além de prepará-los para as perseguições e tribulações que enfrentariam por amor ao Evangelho de Cristo.

b) Já em outras partes, vemos o Apóstolo Paulo advertendo a Igreja de que o falar em línguas deveria ser acompanhado de interpretação para que haja edificação coletiva do Corpo... E se não houvesse interpretação falasse somente para si, para edificação própria (I Coríntios 14). Mas, em momento nenhum os apóstolos proibiram os irmãos o falar noutras línguas. E não existe nenhuma evidencia bíblica textual afirmando que tal dom foi determinado apenas para aquele fim específico ou período da história da Igreja como alguns teoricamente defendem. Então se você foi revestido de poder pela evidências em línguas, não cesse de orar... Quem assim, ora, segundo as escrituras: ora bem! Ou seja é a oração perfeita! I Coríntios 14.14 (ACRF)

Os dons do Espírito segundo a defesa das Escrituras foram disponibilizados para a EDIFICAÇÃO da Igreja e na minha humilde contextualização enquanto a Igreja estiver aqui na terra os dons continuam sendo necessários e importantíssimos para o crescimento individual e coletivo do Corpo de Cristo. Só conheço uma Igreja de Cristo, aquela que foi comprada pelo seu Sangue, na cruz, compreendo que os dons continuarão se manifestando enquanto o Corpo Dele, estiver vivendo e se movendo neste mundo Ou será que há uma tese que derrube o parecer desses textos bíblicos...?  (I Coríntios 14.5, 12 e 26)

Todavia, o Apóstolo Paulo também adverte sobre a responsabilidade que a Igreja deve ter com os dons, não somente os de locução, mas, a todos os outros, quando diz que TUDO dever ser feito com ordem e decência ou seja com equilíbrio. Como entender este parecer Paulino? Simples! Os dons do Espírito são necessários e essenciais, mas, devem ser precedidos pelo FRUTO DO ESPÍRITO (Gálatas 5), e é exatamente nesse ponto que a Igreja vem se desequilibrando. Porque as pessoas querem os dons, o êxtase espiritual, querem ser cheios do Espírito, se entregam espiritualmente e emocionalmente aos períodos de comoção espiritual nas reuniões coletivas ( o que considero não haver nada de errado com isso), mas, não frutificam no Espírito. Por isso segue-se as frustrações, fobias, neuroses que acabam subvertendo a vida pessoal e também a vida coletiva, sobre isto, o Apóstolo disserta com clareza em I Coríntios 12, a respeito dos dons, mas, muito mais sobre a necessidade de equilíbrio no Corpo de Cristo.

Todavia, isto não deve ser motivo para o “esfriamento espiritual”, visto que as escrituras advertem que precisamos ser fervorosos e cheios do Espírito Santo. (I Coríntios 12.12, Efésios 5.18, I Coríntios 14.26, Colossenses 3.16) Pois, se consideramos que há exagero em alguns que se considerando mais “espirituais” que outros radicalizam nas suas manifestações ou explosões de alegria nas mais variadas formas de expressar através dos sentidos as inserções do Espírito, por outro, o radicalismo pragmático do não se deixar envolver com os dons do Espírito, é extremamente perigoso, pois, conduz há uma prisão filosófica, gélida e por vezes sobrecarregadas de teorias humanas... Lembremos que somos espirituais e não espiritualizados nossa essência é espiritual, somos Espíritos que estamos num corpo carnal temporário, mas, que essa natureza na qual estamos submetidos vive momentos de grande expectativa pela transformação definitiva da matéria (I Tessalonicenses 4) pelo súbito e instantâneo arrebatamento ou pela ressurreição do corpo. Logo, devemos viver esta vida, na carne (corpo) pela convicção da fé, como se nele, não vivêssemos, mas com a certeza de que somente quem é espiritual se comunica e entende as coisas do Espírito porque tem a mente de Cristo. 
(I Coríntios 2)



Pr. Josean Dantas
Comunidade PV